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segunda-feira, 4 de abril de 2011

DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA

A doença articular degenerativa (DAD) caracteriza-se por dor, rigidez e perda de mobilidade causada pela degeneração articular.  Entre os problemas de saúde mais freqüentes e sintomáticos em pessoas de meia-idade e idosas, esta é uma das causas mais comuns da incapacidade da maioria dos pacientes.
Nos centros clínicos de fisioterapia, essas pessoas fazem filas para que possamos minimizar esses sintomas tão devastadores.
Embora a DAD seja mais comum nas mulheres, ela afeta homens e mulheres de todos os grupos étnicos e em todas as latitudes geográficas.  Além disso, 60% das pessoas acima de 35 anos de idade relatam sintomas ocasionais e de dor intermitente associada com dor profunda constante.  Nos mais gravemente afetados, há deformidade mutilantes e ainda podem desenvolver instabilidade articulares.
A deterioração da estrutura articular e funcional não só diminui a qualidade de vida, mas também causa um significativo impacto socioeconômico.  Os custos dos tratamentos (consultas, estudos diagnósticos, medicamentos, fisioterapia, cirurgias) combinados com os custos ditos, não-médicos (tratamentos domiciliares, dias perdidos no trabalho, oportunidade de emprego diminuída, redução da auto-estima, depressão...) impõem um fardo muito pesado sobre os indivíduos, os sistemas de saúde e a economia nacional.
A DAD é um dos maiores problemas de saúde, que vai aumentar sua incidência e impacto à medida que a população do país envelhece.
Também denominada como osteoartrite hipertrófica, osteoartrose, osteoartrite, artrite degenerativa ou popularmente conhecida pelo senso comum como artrose, a doença articular degenerativa corresponde a uma perda progressiva da cartilagem articular, que é acompanhada por uma inadequada recuperação da cartilagem articular, remodelação óssea subcondral e, em muitas instâncias, por formação de osteófitos.  Isso pode afetar uma articulação ou várias articulações; embora a asteoartrite afete cada articulação sinovial, o pé, o joelho, o quadril, a coluna vertebral e as articulações da mão são também muitas vezes afetadas.
Existe uma forte associação entre a degeneração articular e a idade.  Em algumas populações, 60% a 90% das pessoas acima de 65 anos de idade tem comprovadamente osteoartrose, comparadas com menos 5% das pessoas entre as idades de 15 e 44 anos e 25% a 30% das pessoas entre as idades de 45 e 64 anos.
Embora a causa da DAD seja frequentemente idiopática e não haja cura para ela, o diagnóstico precoce e o tratamento podem ajudar a minimizar os sintomas e auxiliar os pacientes a manter uma vida ativa.
A respeito da freqüência e do impacto causado pela DAD, ela vem sendo considerada desde há muito tempo uma conseqüência inevitável da idade e um fato desagradável da vida.  Recentes achados, entretanto, sugerem que possam existir meios de desacelerar o processo da osteoartrose.
Como uma introdução ao conhecimento acerca desse transtorno universal, irei abordar uma série de artigos neste mês referente a esse assunto, num total de 8 artigos. Descreverei a relevância estrutura e funcionamento da articulação sinovial, os desarranjos que acarretam os sintomas da osteoartrose e algumas possibilidades de tratamentos atuais. 
Abordarei didaticamente assuntos referentes à anatomia e fisiologia das articulações e dando ênfase as do tipo sinoviais, englobando temas como tipos de articulação, biomecânica da articulação, a cartilagem articular, os meniscos, capsulas e ligamentos articulares, a membrana sinovial, suprimento sanguíneo e inervação da articulação.
Aspectos etiológicos e patofisiológicos serão abordados noutro artigo.
A avaliação de diagnóstico será abordada separadamente por se tratar de um tema de grande discussão, pois neste momento apresentarei as manifestações clínicas específicas para cada articulação afetada incluindo diagnóstico diferencial.  Fecharei a série com as formas e possibilidades de tratamento multiprofissional apresentando as diferentes perspectivas das seguintes áreas: fisioterapia, enfermagem, nutrição, psicologia, medicina, assistência social e educação física e como todos podem contribuir para melhorar a qualidade de vidas dos afetados dessa enfermidade.
            Se você, meu querido leitor é estudante da área, aproveite essa oportunidade e divulgue conhecimento de qualidade para seus companheiros de classe.  Vocês não vão se arrepender.

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